É só minha intolerância… Ops! Opinião.

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Quase toda vez que a gente escuta a seguinte frase: “Asssim… Não quero ofender ninguém, é só a minha opinião.” É porque alguém está tentando “justificar” uma escrotice que ele pensa que estar certa. Raras são as vezes que essa frase não vem acompanhada de um pensamento machista/homofóbico/racista/transfóbico/xenofóbico e outras formas de discriminação.

Quando alguém quer expressar a sua discriminação a qualquer grupo diferente do que está inserido, veste a intolerância de “opinião” e acredita que ela deve ser aceita, porque é apenas “a minha inofensiva opinião sobre tal coisa”. Haja santa paciência, viu!

Essa intolerância inofensiva mata a bala, a chute, espancando, inferiorizando, linchando o outro em via pública. Acaba com o futuro de pessoas que só queriam viver livres, usando as cores que curtem e amando quem bem quisessem. É a intolerância que faz com que mulheres muito capazes e bem preparadas não assumam cargos importantes. É a intolerância que faz uma jovem negra ser hostilizada por entrar numa faculdade pública pelo sistema de cotas.

A intolerância anda pelas ruas, bares, escolas, meios de comunicação e redes sociais, vestida de opinião, se sentindo protegida pela liberdade de expressão e pela famosa frase “É só minha opinião”. Mas nunca deve-se confundir a liberdade de emitir um pensamento, com uma desculpa para inferiorizar, agredir (verbalmente/fisicamente) ou marginalizar um grupo que você não pertence, não conhece e nem se dá a oportunidade de conhecer.

Quando um coleguinha, parente, amigo ou até mesmo um desconhecido chegar e dizer “é só minha…”, faça um esforço, escute a “opinião” dele até o fim, mesmo que seja o maior absurdo, sei que o ouvido vai doer e o estômago revirar, mas mantenha-se forte. Escute tudo e depois tente explicar para esse indivíduo, o porquê desta “opinião inocente” está carregada de preconceito.  Não é fácil assumir a postura do “chato da turma”, do “politicamente correto”, mas são as nossas atitudes que realmente transformam as coisas, as falas servem para inspirar as pessoas, mas são as ações que realmente trazem mudanças.

Têm pessoas que não se dão conta do tanto de preconceito e coisas erradas que reproduzem nas suas falas do dia a dia, por isso, ter alguém que dê uns toques de “miga/migo, não é bem assim”, e uns exemplos de respeito e bom senso é muito importante.

A intolerância precisa ser desmascara todos os dias, em todos os lugares, e se você e nem eu fizermos alguma coisa, ela continuará livre causando medo, disseminando ódio e deixando vítimas. Podemos não ser as pessoas mais cultas e entendidas da terra, mas se realmente queremos um mundo melhor, não podemos simplesmente ignorar um discurso de discriminação e ódio que está sendo despejado na nossa frente.

Nota que inspirou esse texto:

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Oi, muito prazer. Juliana, jubs ou Ju. Fique à vontade.

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