Esse negócio de sentir.

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Sinto muito calor nos dias de sol.

Sinto uma melancolia estranha nos dias de chuva.

Eu sinto a indiferença do mundo a mim.

Também sinto que sou indiferente a muita coisa que deveria ser diferente do que é.

Sinto toda vez que vejo uma criança no sinal.

E sinto, sinto muito por essa minha indiferença egoísta.

Penso que ela, a criança, deva sentir mais ainda.

Eu sinto dor, angústia, tristeza, medo, sinto alegria.

Eu sinto quando tudo isso passa, sinto calmaria.

Se essa calma se prolonga, eu sinto tédio, começo a sentir falta de sentir.

Vez ou outra, sinto coisas que eu não sei dar nomes ou categorias, se são boas ou ruins.

Eu só sinto.

Sinto saudade, sinto amor, sinto fome, sinto que é bom sentir o mundo, sentir que não estamos sós.

Mas também é bom se sentir sozinho. Sentir-se à vontade com você mesmo.

Raras são as vezes que sinto ódio, na verdade, nem sei se senti isso um dia.

Como saber diferenciar a raiva do ódio?

Sinto que a linha é tênue, mas que nunca a testei de verdade.

Uma coisa que não gosto de sentir é pena, mas vez ou outra me pego sentindo.

Sentir não é nem verbo regular, imagina se ele vai ser obediente às vontades da gente, né?

Esse negócio de sentir é tão importante, que até o fato de não sentir nada é significativo.

Eu sinto que todo mundo sente, cada um do seu jeito.

Mas eu também sinto, que todo mundo deseja que o outro sinta tudo igual ao que a gente.

Sinto que isso é impossível.

Como eu me sinto nunca vai ser igual a como você se sente.

Sentir coisas parecidas, não é o mesmo que sentir coisas iguais.

Ninguém sente igual, mas todo mundo sente.

Nota que inspirou esse texto:
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Oi, muito prazer. Juliana, jubs ou Ju. Fique à vontade.

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