Feminismo não é modinha, mas você pode vestir-se dele.

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Quem nunca vestiu uma roupa e não se sentiu bem que atire a primeira pedra. Das duas uma, ou você só provou uma vez e nunca mais voltou a usar, ou tentou vesti-la mais algumas vezes e nem se quer criou simpatia por ela, muito menos amor.

Agora, imagine você ser pressionada a usar essa mesma roupa todos os dias, você se sente desconfortável, feia, chega até a ter alergia pela roupa, porém continua a vesti-la, porque todo mundo diz que você fica bem assim e as pessoas vão querer estar perto de você com aquela roupa “maravilhosa”.

Que chato né? Mas é isso que acontece diariamente, a gente tenta agradar o mundo e não conseguimos agradar a nós mesmas. Nos despimos das nossas particularidades e nos vestimos à moda da casa, ou melhor, da sociedade.

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Seguimos o contrato social, deixamos o cabelo “padrão” todas com o mesmo penteado, nos matamos para fazer dieta e ainda fazemos um esforço para gostar da academia, afinal, temos que ter o corpo na medida certa. (!?)

Nos dedicamos, seguimos o tratamento prescrito pela sociedade e no fim não nos sentimos bem, realizadas e muito menos felizes. Essa é a hora que a gente para e pensa: “Tem alguma coisa errada nessa história?!”

Por que temos que caber na caixinha que os outros acham que a gente se encaixa? Adoramos amarelo, mas só usamos preto porque emagrece e é elegante. Estamos a fim, porém não chegamos no crush porque ele vai achar que somos vadias e “fáceis” por tomar a inciativa.

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É miga, está puxado essa vida de regras, que aliás, não possuem fundamento algum.

Já não basta o tanto de coisas realmente importantes que temos que nos preocupar, as PEC’s da vida, o preço da cesta básica, os assaltos, os assédios, a formação das próximas gerações, as séries atrasadas, as renovações de contrato delas e tantas outas coisas importantes, que com certeza têm mais relevância do que a quantidade de caras que você beijou numa festa.

É tanta roupa mal costurada que tentam colocar na gente, tem o look da “mina para casar”, mãe exemplar, profissional bem sucedida (não mais que o cônjuge, ok?!), dona de casa impecável e o lançamento do ano, “recatada e do lar”.

A gente anda pagando caro para ter no guarda-roupa uns trajes fora de moda, você não acha?

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Desconforto, insegurança e infelicidade são moedas caras demais para bancar o padrão de vida que o mundo nos cobra todos os dias.

Está mais do que na hora de começarmos a fazer uma economia, nos poupar do desconforto de vestir rosa enquanto queremos vestir laranja, da insegurança de não se sentir bem com as curvinhas/cabelos/bundas/narizes que temos, e da infelicidade de não ter liberdade para ser e ir aonde a gente quiser.

Nota que inspirou esse texto:

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Oi, muito prazer. Juliana, jubs ou Ju. Fique à vontade.

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