Placa de trânsito redonda de pedestre representando pessoa desconfortável

Evite roupas e pessoas desconfortáveis

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Quando escrevi essa nota não tínhamos a necessidade de fazer distanciamento social, mas o distanciamento proposital, se não salvava vidas, salvava os dias de trabalho, as reuniões de família e a saúde mental de muita gente. O período de agora é estranho, desconhecido por muitos e doloroso de muitas formas. Estamos ansiosos para voltar as nossas vidas “normais” quando o distanciamento social não será mais necessário, quando voltaremos as escolas, escritórios, restaurantes, feiras, bares, academias.

Alguns voltarão a fazer o distanciamento proposital daqueles com quem tiveram que ficar “próximos”, lê-se aqui “isolados na mesma casa”, outros tentarão fazer novos amigos, fazer mais encontros com a galera, muitos irão em busca de um novo emprego, uma nova forma de ganhar o pão e viver a vida. Logo viveremos novos dias e por mais otimista que sejamos, eles não serão confortáveis. Serão tantas situações e  questionamentos, e isso dará ainda mais sentido a frase “evite roupas e pessoas desconfortáveis”.

E por que isso tem tanto sentido?  Porque depois de passar por dias difíceis a última coisa que iremos querer é vestir roupas desconfortáveis e estar com pessoas que não nos trazem leveza e afeto.

Roupas e pessoas desconfortáveis não nos deixam à vontade para ser quem somos, nenhuma delas faz a gente se sentir leve e seguro para expressar opiniões e personalidades. Uma pesa no corpo, a outra pesa na alma.

Aquele vestido que aperta e fica pinicando, mas você teima em manter no guarda-roupa porque ele deixa a sua cintura mais definida, mesmo custando um enorme desconforto.  Aquela camisa que você acha tão sem graça e quando usa se sente assim também.

Lembrou de alguma peça que se encaixa nessas descrições? Se sim, talvez esse seja o momento de entender por que você ainda tem apego a essa peça e qual o sentindo de continuar se vestindo com algo que você não vê beleza, e pior, traz desconforto. Qual o sentido de escolher conscientemente usar uma roupa que não deixará você confortável?

Tão sufocante quanto usar uma roupa apertada é ter que conviver com pessoas que não sabem ouvir opiniões contrárias as delas, gostam de criticar por criticar, amam  colocar outras pessoas em situação de constrangimento, adoram contar vantagem sobre tudo, até mesmo as dores, escutam um desabafo só para poderem dizer que o sofrimento do outro não é nada perto do que aconteceu na vida delas.

Provavelmente você reconheceu alguém ou algumas pessoas que agem assim e sabe na pele o desconforto que elas provocam. Não encare isso como normal, não finja um conforto, quando na verdade está custando um incômodo enorme. Opte por fazer um distanciamento proposital, ou ter uma conversa franca para dizer como se sente e deixar a relação mais confortável. A segunda opção é muito válida quando você enxerga valor na relação e acredita que faz sentido manter essa pessoa na sua vida. Caso não faça sentido, caso seja possível o distanciamento proposital, caso você tenha escolha, por que não evitar o desconforto?

E se lendo esse texto você se reconheceu como uma pessoa que causa desconforto para os outros? Tudo bem, não estou escrevendo com a intenção de julgar ninguém, no máximo acender a luzinha “opa, eu sou essa pessoa?”. Se você acredita que possa ser, que tal tentar mudar atitudes, comentários ou simplesmente não comentar. Tentar mudar já é estar um passo de distância do não fazer nada. E acredite, isso pode fazer toda a diferença.

Nota que inspirou esse texto:

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Oi, muito prazer. Juliana, jubs ou Ju. Fique à vontade.

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