Mais importante do que saber o pra onde, é entender por quem estamos indo.
Tínhamos o acordo de não nos trair, de jogar limpo e ter uma conversa sincera sobre o que realmente acreditávamos que nos faria bem, e se a gente queria ou não entrar nessa história. Esse é um acordo que podemos fazer com nós mesmo, e confesso que deve ter um pensamento meio ingênuo que dará tudo certo. Seguimos sem saber o que o futuro nos reserva, mas com o combinado de ser pela gente, e isso pode não ser a certeza que dará certo, mas será pela gente, por você. E isso faz toda a diferença no como contaremos nossas histórias por aí.
Vai por você, faz por você, até mesmo quando estiver fazendo algo por alguém, entenda qual é o sentido daquela ação para você.
Nessa história vou falar muito de você, sobre mim, da gente, e do nosso pacto de não nos trair. Não vamos falar de egoísmo, não no seu sentido mais completo dessa palavra. Quero focar na parte de se priorizar, aquela lição de colocar a máscara de oxigênio em você, e ter mais fôlego para ajudar quem estiver ao seu lado. Veja que aqui já vemos um altruísmo, e também a importância de não esquecer de você, se perguntar, se consultar.
Estou bem? Algo me incomoda? Isso faz sentido para mim? Estou confortável com essa decisão? Como é que as respostas deixam você? Causaram alguma dúvida, tristeza?
Vamos, sejam honestas e honestos, não respondam para mim, é exclusivamente para vocês.
Se não conseguimos falar com honestidade com a gente mesmo, mais ou menos como um fuxico que só a gente vai ficar sabendo, imagina como será expor em casa, no trabalho ou com os amigos que algo incomoda a gente?
Aliás, se as respostas que você deu para si mesmo fizeram você sentir culpa, não sinta. Pelo menos a ideia não é essa, a intenção é que você apenas se consulte tendo uma conversa honesta, e que não tenha o autojulgamento envolvido, sei que é difícil ele não está no assunto, mas se estiver, tente deixar ele de lado.
A conversa é entre você e você. E por que esse diálogo é tão importante nessa história? Para entender se você está indo por você, no sentido de, há honestidade da nossa parte com os nossos sentimentos e vontades? Estamos indo para onde realmente queremos ir, ou estamos dando mais importância para onde outras pessoas nos dizem ou apontam que é a melhor opção?
E se você for, é realmente a melhor escolha para você? Eu sei que são muitas perguntas, mas todas são importantes, talvez a gente não tenha uma resposta agora, mas as perguntas ainda devem ser feitas e investigadas.
Porque se for para ir, mudar de país, de casa, mudar de profissão, se for para mudar hábitos, independentemente da mudança que a gente queira fazer, é importante que tenha muito da nossa vontade envolvida, porque são decisões que pedem uma doação de tempo, um investimento físico, mental e talvez financeiro.
Vai por você, para que lá na frente quando der muito certo, ou der tudo errado, a gente possa entender com mais consciência que foi por algo que tinha muito sentido, que trazia entusiasmo e aquele receio tão comum a tudo que é novo.
No final dando certo ou errado, é importante que no começo tenha muito sentido para você, porque nos dias que nada estiver saindo como planejado, você poderá se apegar ao sentido, a importância que aquilo tem, e tentar encarar os imprevistos e problemas como algo que faz parte do processo.
Nota que inspirou esse texto
Imagem destaque: Foto de João Jesus – Pexels